terça-feira, 10 de novembro de 2009

Carta de São Paulo: Por uma Governança Mundial


A chamada Carta de São Paulo foi redigida durante a Conferência de São Paulo. Será apresentada à ONU durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), a ser realizada no início de dezembro de 2009, em Copenhague (Dinamarca).

Abaixo, a íntegra da Carta.

1. Vivemos um novo tempo – um tempo de angústia e de preocupação global sob a pressão da “implacável urgência do agora” e da necessidade imediata de agir. A esperança de mudar o curso das coisas implica romper com os reflexos tradicionais. É hora de provocações construtivas e de rupturas audaciosas frente ao curso habitual das coisas. Esse imperativo absoluto requer mudar de forma radical e imediata.
Esta lógica de um recomeço poderia já ter tomado corpo em 2009. Infelizmente, de G8 a G20, de cúpulas apenas declaratórias à indecisão coletiva, afasta-se a perspectiva de aprender com as grandes crises que atravessamos. As ameaças que pesam sobre a existência do planeta não são tomadas a sério pelo conjunto dos políticos e economistas responsáveis pelo destino da humanidade. Apesar do aquecimento global ser inexorável e indiscutível, não há ainda nenhum acordo em escala planetária para lutar de fato contra essa ameaça vital para a terra dos homens. Persistem os sinais de uma economia ultra-especulativa, ultra-financeirizada e cega ao humano, sem nenhuma medida séria de regulação mundial contra este flagelo que destrói os equilíbrios sociais, fator de miséria social crescente e de sofrimento humano. Por fim. ogivas nucleares estão disseminadas pelo mundo, prontas a explodir, sem nenhuma ação de envergadura para erradicar este perigo mortal. Se nada for feito, agora, e se algum historiador sobreviver para contar a historia do nosso tempo, não terá outra escolha senão a de acusar os responsáveis por esta inércia de “não assistência a uma humanidade em perigo”.

2. Devemos enfrentar uma incrível conjunção de crises de alcance mundial: esgotamento dos recursos naturais, destruição irreversível da biodiversidade, desregramento do sistema financeiro, desumanização do sistema econômico internacional, fome e penúria, pandemias virais, desagregação política... Apesar do que dizem os tecnocratas e os céticos profissionais, nenhum desses fenômenos pode ser considerado isoladamente. Todos estão fortemente interconectados, interdependentes e formam uma única “policrise” ameaçando o mundo com uma “policatástrofe”. É tempo de analisar sistemicamente o problema para encontrar, enfim, soluções integradas – primeiros passos para redefinir os princípios que deverão inspirar no futuro a conduta global dos assuntos humanos.

3. Como estas grandes crises do século XXI são planetárias, é imperativo que homens e mulheres de todo mundo reconheçam sua interdependência. Catástrofes ocorridas e catástrofes iminentes: na encruzilhada das urgências é tempo da humanidade tomar consciência de sua comunidade de destino. Não se trata de efeito borboleta, mas de uma realidade grave e forte: é nossa casa comum a todos que ameaça ruir e nossa única salvação é coletiva. A globalização nos ensina, nenhum Estado é capaz de fazer respeitar uma ordem mundial e de impor as indispensáveis regulações globais. O fim das tentações imperiais, o fim da dominação ocidental e a intervenção crescente de atores não-governamentais marcam hoje os limites da noção de soberania nacional e o fracasso de sua expressão internacional: a ordem fundada nas relações intergovernamentais.
Os interesses nacionais, ou seja, os egoísmos locais, continuam a prevalecer, transformando o cenário internacional em um mercado de barganhas sórdidas. Tanto na luta contra o aquecimento climático, nas questões energéticas, segurança coletiva, comercio mundial e outros, a incapacidade de entender o que esta em jogo, demonstra a miopia congênita dos interesses nacionais. Neste tipo de jogo de soma zero, cada concessão é sempre vivida como uma derrota.
Na maioria das vezes, por trás da promoção da multipolaridade está o jogo das influências e das aspirações nacionais à dominação. É preciso trabalhar com modelos de organização alternativos à hegemonia.

4. A emergência dessa “comunidade mundial de destino” requer a proclamação do principio de inter-solidariedade planetária, uma verdadeira “ Declaração de Interdependência”. Isto significa a instauração de uma governança mundial digna deste nome. No momento atual não há nenhuma. Alguns elementos de regulação internacional e algumas instituições já atuam eficazmente em escala global. Entretanto, é preciso questionar, para superá-los, os limites do direito internacional e do seu principio fundador, a soberania nacional, em nome de um principio superior, em nome da Justiça. A governança mundial é a capacidade de ir além das barganhas entre interesses particulares para tomar decisões políticas planetárias em nome da humanidade.
A “comunidade internacional” não pode continuar sendo uma entidade vaga, destituída de corporificação política e suspeita de viés pró-ocidental. Faz muito tempo que a indispensável reforma das Nações Unidas se choca com a Realpolitik dominante na cena internacional. A incapacidade de levar em conta o aspecto sistêmico dos problemas, de fazer evoluir o Conselho de Segurança e de avançar em questões como a criação de um Conselho de Segurança Econômico, Social e Cultural ilustram os fracassos das relações intergovernamentais. A hora não é mais da estrita soberania nacional, mas da solidariedade mundial.

5. O primeiro passo rumo à definição desta solidariedade mundial é o reconhecimento universal do conceito de interdependência. Portanto, convocamos solenemente os países que se sentem mais diretamente ameaçados pelo aquecimento climático a somar suas vozes nas negociações sobre o clima e proclamar sua vontade de por em comum uma parte de sua soberania para provocar, enfim, a adoção de medidas eficazes. No mesmo espírito, será necessário que múltiplas nações se juntem para fazer pressão sobre a Assembleia Geral da ONU com vistas à adoção formal de uma Declaração Universal de Interdependência. É necessário dar força de direito a este principio justo e, por natureza superior, ao estrito respeito das soberanias nacionais.
Apelamos também à criação de um foro político onde possam ser concretamente definidos os interesses superiores da humanidade, um espaço onde possam se expressar a diversidade e a sabedoria das culturas por meio de representantes da sociedade civil e das autoridades morais, intelectuais e científicas. Apelamos, por fim, a redescobrir o espírito pioneiro da Carta das Nações Unidas que proclamava “Nós, os povos.”

6. Fiel aos seus valores, o Collegium International declara sua vontade de contribuir ativamente à emergência indispensável de uma governança mundial. Primeiro, reunindo uma Convenção mundial, composta de representantes do mundo político e da sociedade civil, para repensar o direito dos povos na era planetária. Uma vez a interdependência erigida em norma universal, será inevitavelmente preciso tirar conseqüências concretas para o meio ambiente, o comercio, os conflitos, etc. Segundo, o Collegium se dispõe a criar uma plataforma virtual da sociedade civil, espaço de dialogo e de troca de experiências e boas práticas desenvolvidas pelo mundo afora, para responder aos desafios contemporâneos. Por fim, o Collegium se compromete a exercer a mais intransigente vigilância sobre a situação mundial. E denunciar publicamente, sem a menor hesitação, as decisões que julga terem sido tomadas em função de arbitragens entre interesses nacionais ilegítimos e não em função do interesse superior da humanidade.

O século XIX foi o das nações industriais e de suas guerras, o século XX foi o das sociedades de massa e das guerras totais. Há que ouvir as correntes subterrâneas da historia: o século XXI será o da governança mundial – ou não existiremos mais.

Se é urgente alertar, mais urgente ainda é começar.

Comecemos!

domingo, 8 de novembro de 2009

Conferência de São Paulo 2° parte:

O ocorrido com a garrafa de café




Fui querer pagar uma de gatinha....
Andei até a mesa onde continha água e café sobre ela, peguei uma taça e uma garrafa de água e fui colocar na mesa onde estava sentada, afinal, a conferência demoraria horas e não tinha nada para fazer a não ser beber água, e também não queria perder meu tempo fazendo outra coisa já que o assunto era interessante =P.
Levantei novamente para pegar um pouco de café, cheguei na mesa peguei a xícara, o pires, e coloqueios em baixo da garrafa onde ela soltaria um jato de café, e eu sairia feliz, alegre e contente tomando um cafezinho; é mas isso foi o que não aconteceu, pois olhei para quela bendita garrafa, ela olhou pra mim... pensei- pqp como mexe nessa merda?!
Tipo, era uma garrafa mô moderna dessas que agente só vê em programa de culinária na tv e que fica lá no fundo do cenário, só para a decoração.
Pensei- Não acredito que essa garrafa tá me dando um rala! Que complexa.
Olhei para os lados, ninguém estava olhando, ok, Lenise sai apertando todos os botões, um tem que sair algo =P
Lenise eperta e tãntãrantãn.....

Nada! =/, é... não saiu nd daquela merda... kkkk
Olhei para o lado, havia dois homens conversando, pedi licença, dei uma risadinha e falei:
_ Moços como mexe aqui?
Eles se entreolharam e um disse:
_ Está travada.
Ele foi e destravou, foi quando eu percebi que nessas de ficar apertando todos os botões eu havia travado-a =P
Dei uma risadinha e falei:
_ Ah... obrigada!
Olhei para a garrafa e disse i ?
Ok está destravada mas ainda não vi café nenhum sair...
estava sem graça de perguntar novamente para o moço como mexia, mas fazer o quê? Eles eram os únicos perto de mim, e eu não ia ficar ali como uma idiota parada ...
kkkkk
_ Moço e agora?
_ Aperta em cima.

Olhei para a parte de cima da garrafa e pensei- que merda de cima?, o que tem ?

_ Desculpe moço eu não entendi.
_ Aperta ai em cima.

Virei e coloquei minha mão enteira em cima da garrafa e fui apertando.
Deu certO!!!
A tampa enteira da garrafa abaixava, nunca q eu imaginaria isso kkkk
Que vergonha...
Pobre é uma desgraça !
Plx

Conferência de São Paulo.

Repensar a governança mindial: rumo à uma constituição de uma identidade humana.



07-11-09

Estou no congresso con várias pessoas importantes com:

Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente do Brasil)

Michel Rocard (ex-primeiro-ministro da França)

Stéphane Hessel (embaixador da França e participante da redação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948)

René Passet (economista francês especialista em desenvolvimento)e

Michael Doyle(Professor na Escola de Relações Pública e Internacional e na Escola de Direito da Universidade de Columbia. Foi professor em Princeton, antes de trabalhar como conselheiro especial para o Secretário Geral das Nações Unidas)



Cheguei ao hotel, nunca havia entrado em um como esse antes =D
Fiquei sabendo que esse foi o hotel que o Michael Jackson ficou quando veio a São Paulo.
Cheguei à recepção de onde será a conferência, todos são extramamente sofisticados, finos, não há um cabelo mal cortado, um sapato fora do tamnho, todos bem arrumados, as milheres bem penteadas, e uma coisa...
Sou a pessoa mais jvem desse lugar....
Aqui é outra realidade, a realidade da alta sociedade, outro mundo.
Falta uma hora para começar, não conheço ninguém, estou sentada em uma banquinho que a propósito é de mármore.
Tudo tão perfeito as luzes, a decoração, estou confiante, com tesão.
Ah... acabaram de chegar dois homens um pouco mais jovens, devem ter uns 24,25 anos, também só vejo eles aparentemente dessa idade.
Um moço sentou-se ao meu lado, observando-me, deve ser pq eu não paro de escrever.


Bom agora já estou no intervalo do almoço, fui almoçar com uma mulher que acabei conhecendo aqui, o nome dela é Patrícia; conversamos bastante já viajou muito, ela é bem legal.
Estou sentada em um ambiente de descanço do hotel, tem várias pessoas a minha volta dormindo, lendo jornais, revistas e afins...

A confer~encia foi super interessante falaram sobre a ONU, FMI, aquecimento global, petróleo, economi, humanidade e diversos outros assuntos.
Fiquei feliz, pois entendia sobre grande parte dos assuntos.
Tem várias pessoas conhecidas na mídia aqui, mas que passam por mim despercebidas, pois não os conheço kkkk
Tem um ministro sentado bem atraz de mim, mas só sei disso pq quando levantei tinha uma plaquinha escrita com o nome e o cargo dele.
Agora tenho que descer a 2° parte da conferência já irá começar.


Bom , já estou no metrô voltando para casa, a 2° parte foi um ppouco intediante, havia acabado de almoçar e estava morrendo de sono, mas mesmo assim resisti.
O mais engraçado foi o ocorrido com a garrafa de cfé , mas isso contarei depois....
Fiquei em um lugar muito bom, o Fernado H. Cardoso e o Stéphane Hessel não paravam de me olhar, imagino que eles deveriam estar pensando o que eu tão jovem fazia ali? kkkkk

Concluo que foi muito interessante, um grande apendizado, e me fez dar mais valor a nossa natureza e humanidade.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Sonho um tanto quanto estranho

Hoje tive um sonho um tanto quanto estranho,não me lebro muito, mas foi +/- assim...

Eu havia morrido, pois minha mã me jogou de um penhasco \o/- não me pergunte o porquê.
Quando eu estava morta, em estado de matéria,pois meu espírito ainda permanecia, conseguia ver as pessoas normalmente aqui na terra, e até falava com alguma delas.
Mas mesmo morta eu sabia que voltaria a terra para cumprir o meu destino, como forma de outra pessoa- nada mau, afinal, eu realmente acredito en reencarnação.

Antes de voltar como outra pessoa eu acordei.

Virei para o outro lado da cama e voltei a dormir, sonhei novamente, mas um outro sonho...

Nesse eu tinha umadoença muito grave e estava em fase terminal, tinha somente alguns meses de vida.
Apenas algumas pessoas ao meu redor sabiam disso, e o ruim é que elas me tratavam super bem e eu pensei- poxa pq elas não me tratavam assim antes de saber que eu ia morrer?
Sabia que ia morrer, não estava aflita, apenas não gostava muito da idéia pelas pessoas que estavam sofrendo por mim...
Fiz tudo que não tinha coragem de fazer antes, afinal eram meus últimos dias...


POr fim, o cel despertou e eu acordei para ir á escola.
Me levantei, e sempre gundo acordo ligo a tv do quarto para ouvir o rádio( não estou louca, minha tv toca rádio), coloquei na estação que sempre escuto, pois fala umas mensagens de motivação, afinal eu estava precisando.
A estação não pegava, troquei de estação e coloquei na Nova Brasil FM, que são músicas lentas para o começo do dia, mas para a minha felicidade as músicas eram deprimentes, e não estavam ajudando muito.
Desliguei a Tv, e aproveitei para tirar a palavra( ganhei uma caixinha onde contém várias mensagens da bíblia), e todos os dias tiro uma ao começar o dia.
As pregações da bíblia são muito complexas e deve-se ter uma boa interpretação para saber o que ela está querendo passar, por isso não consigo lê-la, por ser muito figurativa.
Mas hoje tirei uma que dizia assim:

"Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque não te desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido"(Gn 28.15)

Assustei-me.
Coincidência ou não?